segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tem tanta coisa boa acontecendo no cenário musical atual, porque insistir em revivals?

Esse foi o mote de uma conversa com um amigo querido numa madrugada de sábado depois de uma baladinha alternativa.
Moda e musica são indissociáveis. Quem influencia quem? Difícil pensar numa coleção sem trilha, até mesmo um look pede um som de fundo, um clima, uma atmosfera que só consegue se delinear com uma musica adequada.
Concordo que, apesar das muitas opiniões contrarias, o cenário musical atual é muito bacana, mas será que tão original? É a tal história de reinventar a roda.
Tanto a moda quanto a música são formadas por elementos básicos que rearranjados podem gerar novos estilos ou sonoridades.
Estou meio desinformada a respeito das novas bandas e novos estilos, mas pelo que pesquei das informações da conversinha da madrugada nada me pareceu muito novo, continuo a pensar que na verdade o que falta é informação, a partir da qual se percebe que na verdade nada é assim tão novo, mas retrabalhado de forma que pareça novo. O que até pode ser, o pastiche dá essa impressão. A famosa perda da historicidade.
As referencias, ainda que já vistas, quando organizadas de maneira inédita provocam a sensação de inovação. Li em algum lugar (isso é péssimo, eu sei, fonte: Where are u? Pelo menos, não tô simulando que é meu...) que nós não criamos acontecimentos, mas atribuimos-lhes significado. Isso cabe também, a meu ver, aos objetos ou coisas e as expressões artísticas. Novamente, a invenção parece esgotada.
A solução é voltar ao passado pela nóia. Uma percepção de mundo esquizofrênica e da cultura como um manancial de fragmentos permanentemente reutilizáveis.
Até aí, estamos já muito acostumados, o problema é perder a noção de que se trata de cópia, e ficarmos sempre mergulhados num presente reluzente. Esquecer, que na maioria das vezes, a novidade, principalmente na moda, não passa de colagem e reaproveitamento. E pior, não conseguir mais distinguir o verdadeiro do falso, num mundo onde só há combinações e ecletismos.
Não acho que o pastiche não possa ser criativo e extremamente interessante, basta que nos lembremos do que se trata. Portanto caro amigo de baladinha, depois de muito pensar (hoje já é segunda, mas é que não tive tempo de postar antes), acho que o que está acontecendo na cena atual não é assim tão atual. Mas vc não deve se esquecer disso e, de preferência, procurar as referencias desses absurdinhos contemporâneos! Mas eu te adoro por me fazer pensar nisso novamente. E adoro falar de moda com vc.
Não vou me despedir da galera, por que afinal esse blog não tem nenhum seguidor mesmo, mas vou fingir que tem alguém lendo isso e deixar um até mais pro cêis!

2 comentários:

Moda Brejo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nanda Meireles disse...

Olha, eu li viu? :) Gostei tanto que vou te dar uma dica: quer participar do desafio do blog blorkutando? Dá uma olhada http://blorkutando.blogspot.com/ Eu participo, embora ainda não ganhei nada :( E se quiser me seguir...
Parabéns pelo texto, realmente acho que vale a pena tentar participar, bjs