sábado, 22 de novembro de 2008

Bijuteria












Elas já foram sinônimo de enfeites alternativos usados pelos amantes do estilo hippie e até antônimo de elegância, por serem feitas de materiais pouco nobres, como latão, plástico, resina e madeira, ou pouco ortodoxos, como sementes. Mas, nos últimos anos, colares, pulseiras, brincos e anéis, entre outros adereços, ganharam desenhos criativos, conquistaram status de acessórios de moda e passaram a ser utilizados também por pessoas chiques e de boa renda.
A bijuteria, do francês bijuterie ou sua abreviatura bijoux, é conhecida como jóia de imitação ou fantasia, sendo que na França biju ("Bijou en or": jóia; "bijou de fantaisie": bijuteria) designa também a própria jóia. Portanto são classificadas como bijuteria, jóias feitas em material (alternativo) e pedras menos nobres.
A utilização de materiais mais baratos e imitações de pedras preciosas como adornos por pessoas de menor poder aquisitivo é uma característica das sociedades ocidentais desde a Idade Média. Mas a linha de bijuterias teve forte apelo na década de 70 com o surgimento dos hippies, as peças eram confeccionadas manualmente por essa “tribo”, sendo vendidas em praças públicas e ao ar livre. Os consumidores eram jovens, que adotaram um estilo de vida baseado na recusa das convenções burguesas e da sociedade industrial. Traduzindo-se como um desinteresse ostensivo em relação a qualquer moda, lança-se mão de velhas técnicas artesanais e de influências colhidas em culturas de etnias variadas. Esses bijus tinham valor simbólico, o design era considerado singular. O estilo antimoda foi então inventado mesmo sem querer, apartir do Flower Power.
Nessa época as gemas brasileiras, consideradas inferiores, também eram usadas na confecção de utensílios domésticos como cabo de talheres, suporte para copos e em peças decorativas.
Atualmente, a diferença entre jóia e bijuteria com relação ao material com que são confeccionadas, é meramente de denominação, as jóias não são mais, apenas aquelas elaboradas com metal nobre e pedras preciosas. Outros materiais são acrescentados à joalheria e que antes pertenciam à classe da bijuteria como o plástico, vidro, resina entre outros.
A caracterização do que é jóia e também bijuteria envolve além do material, estética e conceito, vinculados à criatividade e à linguagem do seu criador. Mas a principal diferença está no valor agregado à jóia, e de importância fundamental para o homem desde os períodos mais remotos de nossa existência, o de emprestar status a quem a usa.
Mas as bijuterias conquistam status na moda e no mercado de jóias, devido a diversidade de matéria-prima e preço acessível, dando mais liberdade para que designers fabriquem peças em materiais não-nobres. E além de crescer no mercado interno, acessórios e adereços brasileiros estão em alta no exterior.
O setor de Gemas, Jóias e Bijuterias, no Brasil, gera atualmente, cerca de 350.000 empregos diretos, se considerada toda a cadeia produtiva, ou seja, o garimpo, a mineração, a industrialização e a comercialização de gemas e metais preciosos, com um faturamento estimado em US$ 1.970 milhões, em 2004, incluindo as exportações. E o mercado de bijuteria tem se expandido no mundo todo, isto porque atende a uma forte demanda dos consumidores para produtos de menor preço. [1]
[1] Fonte: IBGM – Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos

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