sábado, 22 de novembro de 2008

Camiseta


No artigo de Thiago Dualibi, “O Fenômeno da Camiseta” publicado
em http://www.antennaweb.com.br/edicao2/artigos/artigo3.htm,
pode-se perceber a importância e o valor da camiseta.


“Uma peça que acompanha a todos, em todas as
épocas, faça chuva ou faça sol. Que já passeou por outras décadas, outras
vontades, outras necessidades, ideologias, se mostrando ou se escondendo.
Que,
de maneira espetacular, consegue fugir de regras e preconceitos e se
coloca num
patamar privilegiado, conquistado pela vontade coletiva de várias
gerações. Ela
é roupa, é porta-voz, é política, é chique, é simples, é
masculino, é feminino.
É o que for preciso. Sim, nossa fiel companheira, a
camiseta.”


Um pouco de história (texto de Miti Shitara, que foi minha
professora na Santa):
http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC1326542-5670,00.html


Antigüidade - Os romanos usavam uma túnica dupla,
chamada camisia, que é a ancestral das nossas camisetas. Era sempre branca,
feita quase sempre de linho. Era usada por baixo da única para proteger da
transpiração.

Século IV - A camisia continuava a
ser
usada por baixo das peças em Constantinopla. Os tecidos das peças
superiores
eram muito ricos, bordados com ouro, prata e pedras preciosas, e
por isso não
dava para lavá-los. A camisia era usada por baixo dessas peças
nobres para
evitar que sujassem.

1516 - O italiano
Michelangelo
termina a estátua O Escravo Moribundo, que retrata um homem
vestido apenas com
uma peça de roupa, bem diferente das usadas na época: uma
camiseta regata.
Apesar da ousadia, a moda não pegou.

Século
XIX
- As
roupas das crianças começam a ficar mais infantis, em vez
de serem reproduções
das dos adultos em miniatura. A camisia era a única
vestimenta até os 5 ou 6
anos. Era usada também para batizar as crianças.

Até início do
século XX
- A camiseta, ainda restrita
à Europa, é usada como roupa de
baixo, para proteger os homens da
transpiração e do frio. Para não rasgar as
camisas, os trabalhadores braçais
usam só a camiseta para trabalhar.

1ª Guerra Mundial -
Soldados europeus usam, por baixo
dos uniformes, confortáveis camisetas
feitas de algodão. Os americanos, morrendo
de calor em seus uniformes de lã,
adoram a novidade e a levam para os Estados
Unidos. O design em formato de T
leva a peça a ficar conhecida como T-shirt, em
inglês.


Guerra Mundial
- A camiseta é peça-chave no
uniforme da Marinha e
do Exército Americano. Ainda é considerada roupa de baixo,
mas o público
acostuma-se a ver nas revistas fotos dos soldados com camiseta,
sem camisa
por cima, ao fazerem trabalhos pesados ou em lugares quentes.

1948 - Candidato à presidência dos Estados Unidos,
Thomas E. Dewey faz uma das primeiras camisetas de propaganda da história,
com
os dizeres “Dew it for Dewey”.

1951 - Marlon
Brando
aparece de camiseta no filme Um Bonde Chamado Desejo. A peça é o
destaque
perfeito para os músculos do ator. A partir dessa época, a camiseta
sem camisa
por cima passa a fazer parte da indumentária das pessoas também
na vida civil.

1955 - Na trilha aberta por Brando,
James Dean aparece
de camiseta em Juventude Transviada. Camiseta vira
sinônimo de rebeldia e
contestação. As crianças continuam usando a camiseta
por baixo da roupa, pois
não era considerado adequado ficarem em mangas de
camisa.

Anos
60
- Na esteira do movimentos
anti-guerra e a favor da liberdade, a
camiseta veste as cores psicodélicas
dos hippies e passa a trazer mensagens
pacifistas, na linha de “Faça Amor,
Não Faça Guerra”. Nessa época, as mulheres
também passam a usar a peça, que
se torna unissex.

Anos
70
- As camisetas são usadas
tanto como meio de expressão dos anseios
da juventude quanto como suporte
para propaganda, carregando símbolos de marcas
de refrigerante.

Anos 80 - Na década dos yuppies,
jovens ligados ao
consumismo e ao individualismo, a moda passa a ser ostentação
de dinheiro e
poder, e a camiseta começa a trazer bem grande as marcas das
grifes.

Anos 90 - A falta de ideologia dos jovens da
década
aparece nas roupas largas e largadas dos grunges. A camiseta é usada por
qualquer segmento da sociedade, sem comprometimento com causas, ideologias
ou
faixa etária.

Anos 2000 - Não existem
regras
. A customização é a palavra de ordem. A camiseta continua
democrática e servindo a todos os gostos, desde as campanhas políticas à
estampa
de filmes e grupos musicais preferidos. As grandes marcas começam a
investir
mais nas linhas infantis, e cada vez mais peças voltadas a esse
público são
produzidas.

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